quarta-feira, novembro 22, 2006

Olha... sou um desportista!


Muitos de vós ( os que conduzem) já foram certamente autuados. Eu também já o fui diversas vezes. Coisas sem demasiada gravidade, cinto de segurança, estacionamento, etc...

Hoje foi diferente, ainda bem que há dias assim para quebrar a rotina. Sou mandado encostar depois de ter saído da ponte por uma viatura de cor branca, com dois agentes com ar muito simpático. Depois de cumpridas as formalidades iniciais sou informado que, e passo a citar, " o senhor vai ser autuado... por condução desportiva".

Ok... paremos aqui. O primeiro instinto foi olhar para baixo, para a zona dos pedais, mas de facto não trazia calçados nenhuns ténis, ou como se diz em "americano", sneakers. De calções também não estava certamente pois o dia não era propriamente dos mais quentes. Fato de treino não uso desde os tempos de escola, em que ostentava orgulhosamente um daqueles todos vermelhos, com as belas riscas brancas na parte exterior das mangas e pernas (minto... já depois dos 20 comprei um da Adidas, daqueles iguais aos da selecção nacional, azuis escuros e com umas listas verde alface e rosa choque... o drama, a tragédia, o horror...).

De repente fiquei aterrorizado! "Bolas, não acredito que trouxe o capacete!" Na noite anterior estivera a jogar NFSU, e como sou um menino muito aplicado em tudo o que faz, para além de ter uns pedais, um volante e um banco da "recaro", também jogo de capacete. Realismo, meus amigos, ou se fazem as coisas bem ou então não se fazem.

Mas não, embora bastante ensonado pelas poucas horas dormidas, dicilmente me passaria despercebido tal facto, ao tomar duche, fazer a barba, lavar os dentes...

Um pouco perplexo, balbuciei as palavras da ordem: " O que é que eu fiz?"

- Não sabe o que faz? Não se lembra o que fez em cima da ponte?

Paremos novamente. Tentado percorrer mentalmente todos os desportos motorizados que conhecia, os meus conhecimentos não sendo excelentes são bem razoáveis, não consegui lembrar-me de nenhum que envolvesse pontes. Condução desportiva?! Bah! Ainda se fosse por condução perigosa, um tipo até ficava inchado de orgulho. Desafiar o perigo logo pela manhã, a adrenalina a correr nas veias, o suor a correr pela testa... isso sim era de valor. E as "gajas" gostam.

"A minha bela SW com 1400 cc e uns míseros 75 cv, mal se consegue arrastar, por isso não será por aí"- pensei eu, pondo logo de parte a idéia dum embirranço com a viatura.

Afinal parece que passei da faixa direita para a do meio, e desta para a esquerda com um intervalo de tempo demasiado pequeno. Bolas! Essa merda não vem no Código da Estrada!

Ainda me lembrei de perguntar se tinha batido algum record de tempo, nem que fosse o nacional já era motivo de algum orgulho. Mas preferi não o fazer, para não aquecer os ânimos. Perguntei apenas se no cadastro não podia ficar condução perigosa. Como o olhar do agente da autoridade não me pareceu muito condescendente preferi fingir que tinha o telemóvel a vibrar e atendi uma chamada da mãe, enquanto ele preenchia a papelada.

" Sim, mãe. Não dizias que eu devia fazer desporto, porque passo muitas horas a trabalhar à secretária? Pois é, já não te precisas de preocupar. Eu agora faço exercício logo pela manhã antes de ir para o trabalho"

sexta-feira, novembro 17, 2006

The Frog Princess and the Donkey Prince


I met a girl, she was a frog princess
I guess I ought to make it clear
That I saw nothing through her see-through dress
Until she whispered in my ear
- * -
You don't really love me and I don't really mind
'Cause I don't love anybody,
That stuff is just a waste of time
Your place or mine?
- * -
I met a girl, she was a complete mess
I should've left her well alone—but oh no, not me!
I had to see if underneath that dress
Her heart was really made of stone
- * -
I met a girl, she was a frog princess
And yes I do regret it now
But how was I to know that just one kiss
Could turn my frog into a cow?
- * -
And now I'm rid of her I must confess
To thinking 'bout what might have been
And I can visualise my frog princess
Beneath a shining guillotine
- * -
You don't really love me and I don't really mind
'Cause I don't love anybody,
I come and go through people's love lives
Your place or mine?

quinta-feira, novembro 16, 2006

Já sei fazer um broche



"Aprender até morrer", dizem os antigos. "Burro velho não aprende línguas" defendem outros. Como já não sou propriamente um puto de tenra idade posso afirmar seguramente que estou em condições de poder testar estas duas máximas. Certo, certo é que por vezes aprendemos coisas que não estavam nas nossas previsões, e que esperamos nunca vir a utilizar na prática. Mas como o saber não ocupa lugar estou aberto a tudo o que me queiram expor. Neste caso específico até pode ter os seus benefícios: poder ensinar a alguém para nosso próprio proveito.

O meu curso foi de curta duração, teve apenas uma aula, e teórica. Não serei portanto um profissional qualificado no ramo, nem sei se alguma vez usarei o meu canudo (entenda-se: diploma). Até porque é do conhecimento geral que saber seguir uma receita não chega para ser um bom cozinheiro. Posso dar a matéria a dúzias de alunas e não conseguir colocá-las nos mesmos índices de sucesso que a autora da técnica ensinada.

Seja como for não me vejo no ramo do ensino, quanto mais não seja para não banalizar algo pessoal de alguém por quem tenho grande apreço. Podem por isso ficar descansados e ler este post até final, pois não vou aqui revelar pormenores.

Se entretanto me passar para o team adversário, já levo comigo uma mais-valia. É bem melhor que andar a passar por virgem novamente...

segunda-feira, novembro 13, 2006

Desilusão





O Oliver Tsubasa é avó do Ruca!!!






Quando eu era criança não tinha choques destes. Só tinha uma série de desenhos animados a quem ser fiel. Ora era a Abelha Maia ( a tal que lhe esporraram para a saia), ora o Marco (o puto prodigio que conseguiu iludir o SEF lá do sítio) ou então o Bana e Flapi ( que corriam pela floresta feitos doidos numa época em que ainda não tinham inventado o Exctasy), bons tempos...

Ora quando acabava um e começava um novo a malta até ficava com idéia que algumas personagens eram familiares. Irene Cruz e companhia eram os verdadeiros culpados da situação, mas para putos de primária o crime passava um pouco despercebido.

Agora a coisa é mais grave. Temos o canal Panda, que passa uma infinidade de séries animadas em sessões contínuas, qual Olímpia da pequenada. E aqui é impossível não dar pela promiscuidade vocal que impera. Claro que um miudo de 2 anos tá-se a cagar pra cena. Mas para o pai que dormita no sofá enquanto esta pouca vergonha acontece ao alcance dos seus ouvidos, a situação é algo confusa. Ora vejamos, não tendo um relógio de sala nem de pulso, nem tão pouco o telemóvel ao pé, a maneira mais prática de saber se já são horas de ir fazer o almoço da criancinha é através da série que está a dar. Numa primeira fase, em que a voz é perceptível mas as palavras ainda algo difusas, fico à nora. Tenho de me sujeitar a perder o sono e passar à segunda fase, ao esforçar-me para perceber o texto, de modo a identificar as personagens.

Agora suponhamos que um belo dia a avó do Ruca se lembra de jogar à bola com o neto no quintal. Fica o caldo entornado, pensando eu que estou a ouvir o Tsubsa a incitar os companheiros da New Team para marcarem um golo ao Toho. A soluçao é passar à fase três, abrir a pestana.

É duro ser pai nestas condições!