sexta-feira, janeiro 16, 2009

Estradiol


Pronto! Reconheço a minha derrota. Ao fim de muitos anos de análise do comportamento feminino no que diz respeito ao amor/sexo (eu sei que é uma tarefa árdua, mas eu tenho muito tempo livre) pensava ser detentor de algumas verdades, que embora parecessem ser do senso comum eu confirmei na prática e com uma amostragem bastante significativa. A conclusão a que chegara, e que era apenas a confirmação da idéia que trazia desde os tempos do secundário, relacionava quer a apetência por uma maior diversidade de parceiros quer a necessidade de manter relações em paralelo com uma relação estável, com uma baixa auto-estima e com os mais diversos complexos relacionados com o próprio corpo. A necessidade de se sentir desejada, de mostrar a si própria que os homens estão a seus pés estaria na origem duma instabilidade nos relacionamentos e na necessidade de procurar sempre mais. Verifiquei estas condições com as mais variadas pesssas, quer em relacionamentos mais íntimos, quer em amigas ou mesmo só conhecidas. Tudo parecia encaixar-se naquilo que me parecia lógico. Até mesmo ao verificar-se a coexistência de sinais de baixa auto-estima com "a puta da mania", a teoria não teria obrigatoriamente de cair por terra. Afinal isso poderia ter outras causas, associadas a uma bipolaridade ou afins (pensava aqui o iluminado).

Mas afinal a verdade é bem diferente. Estudos científicos revelaram que a infidelidade feminina está directamente relacionada com a existência no organismo duma dose elevada de certa hormona. A dita provoca na mulher um aumento muito considerável da sua auto-estima e leva-a a esses comportamentos de modo a satisfazer as suas necessidades que com tudo isto são "mais que muitas".

Concluindo, quando em desabafo com um amigo, depois de descobrirem uma infelidade, não digam "Aquela gaja não passa duma puta". Usem antes a expressão "Ela não tem culpa, tem um problema hormonal".

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